Em pleno século XXI, era da robótica e da inteligência artificial, nada substitui, em certas atividades, a delicadeza e a precisão das mãos humanas. Quando essas mãos, em especial as femininas, entregam essa habilidade para unir-se à tecnologia, vidas são salvas.
Pelas mãos de “costureiras de corações”, que alinham materiais de ponta, desenvolvidos pela ciência médica, tem nascido a esperança para uma doença até pouco tempo negligenciada: a regurgitação da válvula cardíaca tricúspide.
Mais de 2 mil vidas
Esse triunfo da ciência, que já tratou cerca de 2 mil pacientes no Brasil e no mundo, é um dos casos de sucesso da incubadora do Parque Tecnológico “Vanda Karina Simei Bolçone”, mantido pela Prefeitura de São José do Rio Preto, por meio da Secretaria Municipal de Planejamento Estratégico, Ciência, Tecnologia e Inovação.
Como 29/09 é o Dia Mundial do Coração, para conscientização sobre doenças cardiovasculares, e outubro traz duas datas relacionadas à Ciência, Tecnologia e Inovação (16/10 – Dia da Ciência e Tecnologia e 19/10 – Dia Nacional da Inovação), a Comunicação da Prefeitura traz este especial que costura e evidencia como a colaboração do público com o privado gera desenvolvimento.
No momento, essa parceria possibilita que a pesquisa da válvula tricúspide avance. O dispositivo segue em processo de aprovação por órgãos internacionais de saúde e já está presente em 65 países.
De acordo com a diretora de qualidade da empresa que emprega o trabalho das costureiras, a Products and Features Brasil (P&F Brasil), Liza Fachin, a costura necessária para a confecção das válvulas depende de uma habilidade 100% manual. “Ainda não há máquinas disponíveis para fazer o trabalho delicado ou automatizar esse processo em alta escala. Nós dependemos de uma mão de obra extremamente especializada e altamente treinada para fabricar nosso produto, a Tricvalve”, afirma.
“A válvula é formada por tecidos sintéticos e biológicos; este segundo é o pericárdio bovino. Para juntar as partes, é necessário costurar com pontos pequeníssimos e iguais, e isso é uma habilidade muito única”, completa Liza.
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